A Organização Mundial de Alergia ou WAO (World Allergy Organization) define a alergia como “uma reação de hipersensibilidade precipitada por mecanismos imunológicos”. 

Mas o que isso quer dizer?
Significa que uma reação verdadeiramente alérgica ocorre devido a fatores relacionados ao sistema imunológico ou de defesa (por exemplo nossas células de defesa e anticorpos).

Como assim reação verdadeiramente alérgica? Existem reações alérgicas falsas?
Na realidade, o que ocorre é que podemos apresentar sintomas alérgicos sem que o sistema imunológico tenha sido envolvido na reação. 
Chamamos de reações de hipersensibilidade aquelas que causam sinais ou sintomas reprodutíveis, causados por um estímulo que normalmente é tolerado pelas pessoas.
Sendo assim, a hipersensibilidade pode ser alérgica (quando provocada pelo sistema imune) e não-alérgica (quando provocada por mecanismos não imunológicos). 

E afinal, qual é a importância disso tudo?
É de extrema importância conhecermos os mecanismos responsáveis por um quadro alérgico pois dessa forma saberemos como definir o tipo de alergia, quais exames devem ser solicitados para a sua investigação e também qual a melhor forma de tratá-la.
Hoje dispomos de diversas ferramentas para avaliação de quadros alérgicos (desde exames de sangue a testes na pele), que se indicados de forma incorreta, além de não ajudarem no diagnóstico podem prejudicar o paciente. 
Como as características das reações (seus sinais e sintomas) são muito semelhantes independentemente do mecanismo envolvido, cabe ao médico alergista o papel de conhecer as doenças alérgicas e suas causas, além de saber como investigá-las e tratá-las. 
Se você apresenta algum quadro sugestivo de alergia, procure o médico especialista para uma avaliação correta e realização dos exames adequados. Esse é o primeiro passo para o sucesso do tratamento.